sexta-feira, 18 de julho de 2008

Um gesto vale mais que mil palavras..

Um dia de praia como tantos outros. Desta vez estava sozinha,
naquele local agora deserto. Talvez este mergulho fosse um pouco mais matinal que os outros :s Coloquei a toalha no chão, despi - me ficando apenas com o bikini e tirei as havaianas deixando - as perdidas na areia. Caminhei até á beira mar. Molhei um pé, depois o outro e assim sucessivamente á medida que entrava na água. Quando esta me chegava já aos joelhos, resolvi parar com a indecisão e mergulhei até avançar um pouco submersa no oceano. Voltei á superficie.
Olhei para trás e reparei que ao lado da minha toalha mais uma se havia pousado, mas não vi ninguém. Voltei - me de novo. Atrás de mim estava a areia e o resto do Mundo, á minha frente via - se apenas mais água. Um cenario que me apaziguava. Porém, aquela serenidade não poderia ser eterna. Mergulhei uma vez mais em direcção á praia, mas antes de lá chegar voltei a submergir . Qual não é o meu espanto ao abrir por completo os olhos.
A centimetros de mim estava um rapaz, cujo rosto ainda pingava pois acabara tambem de voltar ao topo das ondas. Cuido que mais uns centimetros debaixo de água e chocavamos um no outro.
Tudo isso era relativo. Aqueles olhos penetraram os meus assim que se encontraram e permaneciam agora focados em mim. Os seus lábios molhados pingavam ainda água do mar. O cabelo caia -lhe sobre os ombros perdendo pequenas gotas que regressavam ao oceano de onde por este teriam sido arrastadas. Uns lábios tão perfeitos que era impossivel tal existência. Vagarosamente se abriram mostrando o doce sorriso que antes guardavam. Dirigi o olhar para o mar, envergonhada. Ambos tentamos ceder a passagem ao outro, para tal demos um passo em frente, eu para a direita, com a intenção de o deixar passar, e ele para a esquerda certamente com a mesma intenção relativamente a mim. O óbvio foi que voltamos a ficar frente a frente, mas bastante mais próximos. Inclinei a cabeça para o olhar, pois era bastante mais alto que eu, e vi o seu sorriso abrir ainda mais diante dos meus olhos. Retribui sorrindo também. Reparei na mão dele saindo da água e pousando no meu ombro, voltei a olha - lo e ele fixava o seu olhar em mim. A sua mão desceu pelo meu braço e enquanto isso ambos demos um pequeno passo na direcção do outro. Conseguia agora sentir a respiração dele no meu pescoço, sem nunca tirar os meus olhos dos seus. Aqueles lábios perfeitos, que eu considerava intocáveis e mortiferos ao minimo toque, estavam agora a milimetros dos meus. A mão dele desceu ainda mais, mergulhando de novo na água e encontrando - se com a minha onde suavemente se entrelaçou. Os nossos corações acelararam . Fiz a minha outra mão, mergulhada ainda no mar, subir até ao rosto dele. Vagarosamente coloquei - me em bicos de pés ao mesmo tempo que ele se baixava . Assim que o fizemos, não foi preciso mais nenhum impulso para que os nossos lábios se tocassem. Um toque ligeiro . Os nossos olhares permaneciam cruzados e os nossos olhos bem abertos, mas que lentamente se foram fechando. Os nossos lábios comprimiram - se e colaram. Senti a mão dele apertar ainda mais a minha lá no mundo submerso.
O beijo mais inocente e mais perfeito que alguma vez existira. O toque mais suave e o único que me fez sentir o sangue percorrer as veias.
Afastamo - nos e os nossos olhares penetraram mais uma vez um no outro. A minha mão abandonou o seu rosto. Fiz um esforço para que os meus pés se elevassem um pouco mais e voltei a perder - me no salgado dos seus lábios, aproveitanto cada segundo e guardando cada simples toque do seu corpo e cada perfeição dos seus lábios, naquele momento. A sua mão soltou a minha e subiu até ás minhas costas chegando - me para junto dele. Coloquei a minha sobre o seu peito e deixei cair os pés, encostando nele também a cabeça. Senti - o tocar - me nos cabelos, fechei os olhos e disse baixinho : És tu..


Ele tem um nome: Bill Kaulitz.
Meu, agora e sempre .
Amo - te $$